Enquanto isso

Hoje de volta a casa, sem a alegria de poder usufruir amanhã do forrobodó pegado que vai ser a pausa geral da população portuguesa... dou por mim a lamentar a condição de informático. Esta porra de profissão que tem todos os defeitos das demais excepto o sindicalismo. Ora meça! Onde pára a capacidade da malta em levantar o requisito e implementar a medida? Andámos todos com o requisito enfiado nos confins da vergonha onde a luz do dia só chega para nos atancharem com a conversa do costume: "Teremos de fazer mais um esforço! É pró bem do projecto e muito provavelmente teremos de estender este desafio pelos fins-de-semana a dentro. Sem compensação". Mais um esforço? Mais um? Esforço faço eu todos os dias quando tenho de puxar o crucifixo e o alho sempre que passo ao lado do estádio da luz. Sacrifício faço eu para esquecer o facto de que, enquanto uns se queixam dos desgovernos desta política durante uma greve, outros desgraçados estão a desunhar linhas de código para terminarem a aplicação que os vai finalmente por na linha. Se Deus quiser, numa linha... recta que os retire dos serviços e os leve a coçar a micose noutra praia.

Enquanto isso, antes mesmo de chegar a casa e depois de pousar o crucifixo no banco, reparo que os arcos principais do estádio da luz estão a desbotar! O vermelho está a dar lugar a uma mistura de sarro velho com ferrugem. Má gestão do pincel, com certeza. Um dia destes, uns quantos lampiões sem medo de expor a retaguarda, farão greve ao presidente. Basta ganhar consciência dos emplastros de vaselina que o rei dos pneus de Alverca vos aplica todas as épocas. Vamos esperar pela deste ano.