Os 'tomates' de Co

Ao contrário de muitos, desde os pseudo-entendidos aos inergúmenos que atacaram o carro do homem, eu acho que é de salientar a coragem dele em vez de referirem só as suas opções tácticas.

Não é fácil ser-se líder e raro é, sê-lo sem contestação. Mas Co já demonstrou não só que é um Senhor (lêr com pronúncia do Norte) mas também que tem uns 'tomates' dignos de registo. Não só por ter decidido continuar em Portugal, país onde o futebol é todo ele suportado por diversos atrasados mentais, desde dirigentes, àrbitros, supporters ou jornalistas da especialidade, mas também por aguentar as pressões externas e internas à alteração do seu modelo de jogo e modo de pensar o futebol.

É preciso tê-los bem grandes para se entrar num jogo com tácticas do tipo 3-3-4 ou 3-4-3! É preciso ter-se jogadores excepcionais para cumprirem as obrigações extra que tais tácticas exigem. É preciso treinar o dobro para que os jogadores se habituem às suas novas posições. E isto não acontece de um momento para o outro. O que Co resolveu fazer foi pôr em prática (leia-se jogos a sério) tudo isto, ainda que a equipa não tivesse assimilado por completo os novos esquemas.

A exibição contra o Braga já veio provar que estamos no bom caminho. Se alguma coisa falhou, foi a pontaria - culpa reincidente ao longo desta época - e não a táctica. Já é altura de alguém apontar o dedo aos principais responsáveis por alguns pontos perdidos, que são sem dúvida os jogadores, não propositadamente mas sim por manifesta ineficácia ou desinspiração.

Só mais uma nota: apesar de todos estes experiencalismos estamos 5! pontos à frente da concorrência. O que só vem revelar como ela é fraca ou dependente de favores extra-futebol...