segunda-feira, 16 de abril de 2007

Tornar difícil o que poderia ter sido fácil

Jogo sofrido em Coimbra, com muita emotividade à mistura, mas que deveria ter tido uma história completamente diferente.

O FCPorto entrou muito bem no jogo, dominou e controlou o jogo em toda a 1ª parte, tendo culminado esse dominío com um golo que só pecou por tardio. Antes disso já tinham enviado três (3!) bolas ao ferro.

O resultado era, portanto, manifestamente escasso ao intervalo. E este fez muito bem à Académica que entrou com o gaz todo na 2ª parte. O FCPorto lá foi sacudindo a pressão, após o reforço do meio-campo (bem visto pelo Jesualdo). Aliás, continua a perceber-se que existem limitações fisicas de vários jogadores, seja porque vieram de lesões ou porque já têm muito futebol nas pernas. O que é certo, é que é imprescindível que o Meireles ou o Assunção voltem à equipa em pleno. Quando a coisa aperta, existe uma clara diferença entre estes e jogadores como o Jorginho e o Marek. Este em particular foi o principal causador do stress final, pois não contente em efectuar um corte despliscente e isolar um adversário, ainda lhe foi dar uma fruta na grande área.

Depois disso, o jogo tornou-se pouco racional, a Académica acreditou mas sem nunca criar uma verdadeira oportunidade clara de golo e o FCPorto interiorizou que teria que cerrar fileiras e queimar tempo sempre que possível. Aí, veio ao de cima o espiríto de equipa e a classe do quarteto defensivo, que regra geral esteve muito bem na hora do aperto. E entretanto deu para perceber porque é que o Anderson jogou tão pouco tempo na Luz - o puto ainda está muito preso de movimentos, falta-lhe aquela capacidade de explosão.

Para a semana é com o Belém, equipa bem mais difícil e com um futebol muito capaz. Mas não só o fim está mais próximo, o que dá motivação extra, como também dar-nos-á mais hipóteses de escolha com a recuperação a 100% de diversos jogadores (Meireles, Lisandro, Anderson, Ibson, Assunção(?)). Qual a equipa que não gostaria de têr estes jogadores como titulares? É preciso, de facto, têr um plantel muito rico para se dominar um campeonato do princípio ao fim após uma época com uma quantidade incrível de lesões. Se não fossem estas limitações, por certo que já teríamos as faixas encomendadas nesta altura!

1 comentário:

Filipe Pereira disse...

Deixa-me só acentuar o sofrimento final do jogo com a Académica. Preocupa-me a falta que o carregador de piano fez, vulgo médio defensivo, vulgo o único que temos digno desse lugar, o Paulo Assunção. O FCP teve por grandes momentos a equipa dividida em duas zonas e não encontrou a cola necessária para as juntar. Aqui está um belo acendimento do campeonato. Não acredito que os próximos jogos sejam passeios para descansar.