O peixe morre pela boca, diz o povo, e a verdade é que eu tenho vindo a morrer devagarinho pela dita. Não que ande a abusar de gorduras, ou outros actos suicidas, mas porque os meus caros consócios e restantes simpatizantes (?) do Sporting, por um lado, e os lampiões, por outro, me têm obrigado, nos últimos tempos, a ir moderando o meu orgulho na massa simpatizante leonina, conhecida em tempos pela sua dedicação, desportivismo e sobretudo civilidade.
Pior do que isso, os adeptos lampiões, tradicionalmente arruaceiros e pouco apoiantes (com 6 milhões não conseguem ter médias de assistência dignas no estádio?), parecem ter começado a emergir do seu limbo, e ultimamente têm dado provas de uma dedicação nos maus momentos que não lhes conhecia (talvez o hábito dos maus resultados os tenha amolecido). Sintoma disso tem sido a reacção após ou durante maus resultados e piores exibições. Lembro-me dos aplausos entusiásticos no final da derrota em casa contra o todo poderoso Metalist, após uma exibição lamentável, e do apoio ensurdecedor no final do último dérbi, quando os jogadores e o Rui Costa regressaram ao relvado, depois de uma 2ª parte em que pareciam uma equipa da 2ª liga, e só não sairam com uma goleada histórica por manifesta vaca leiteira. Quem ouviu a reportagem final do jogo na Antena 1 sabe do que falo.
Por muito que me custe admiti-lo (por outro lado já tenho assunto para encher as próximas consultas de psicoterapia), são estes os bons, os verdadeiros adeptos, os que estão com a equipa nos bons, mas sobretudo nos maus momentos.
E é por isso que me envergonho, lamento e compenso nos antidepressivos, quando vejo alegados adeptos sportinguistas que ostentam tarjas a insultar os jogadores do clube que supostamente apoiam. Mais ainda num jogo decisivo, na casa do principal rival dos últimos anos. Há coisas que não se entendem, e eu, que até me dedico a tentar entender línguas mortas e gatafunhos de notários seiscentistas apressados, não consigo mesmo entender esta.
Esses adeptos (certamente lampiões infiltrados), esses sim, esses são a vergonha da nossa cara.
Pior do que isso, os adeptos lampiões, tradicionalmente arruaceiros e pouco apoiantes (com 6 milhões não conseguem ter médias de assistência dignas no estádio?), parecem ter começado a emergir do seu limbo, e ultimamente têm dado provas de uma dedicação nos maus momentos que não lhes conhecia (talvez o hábito dos maus resultados os tenha amolecido). Sintoma disso tem sido a reacção após ou durante maus resultados e piores exibições. Lembro-me dos aplausos entusiásticos no final da derrota em casa contra o todo poderoso Metalist, após uma exibição lamentável, e do apoio ensurdecedor no final do último dérbi, quando os jogadores e o Rui Costa regressaram ao relvado, depois de uma 2ª parte em que pareciam uma equipa da 2ª liga, e só não sairam com uma goleada histórica por manifesta vaca leiteira. Quem ouviu a reportagem final do jogo na Antena 1 sabe do que falo.
Por muito que me custe admiti-lo (por outro lado já tenho assunto para encher as próximas consultas de psicoterapia), são estes os bons, os verdadeiros adeptos, os que estão com a equipa nos bons, mas sobretudo nos maus momentos.
E é por isso que me envergonho, lamento e compenso nos antidepressivos, quando vejo alegados adeptos sportinguistas que ostentam tarjas a insultar os jogadores do clube que supostamente apoiam. Mais ainda num jogo decisivo, na casa do principal rival dos últimos anos. Há coisas que não se entendem, e eu, que até me dedico a tentar entender línguas mortas e gatafunhos de notários seiscentistas apressados, não consigo mesmo entender esta.
Esses adeptos (certamente lampiões infiltrados), esses sim, esses são a vergonha da nossa cara.
2 comentários:
e os adeptos do Benfica a apoiar a equipa MESMO quando estava com 10 jogadores E a ganhar contra o Leixões ouviu-se na TV os gritos de apoio Benfica Benfica.
Estamos a mudar aos poucos e poucos, não sei se é o calo, ou se será a mudança a chegar.
E claro que no final da época, se não houver nenhum troféu, os mesmos que assobiaram e insultaram os próprios jogadores durante o início da época e agora fazem ameaças e destratam equipa e treinador, esses mesmos estarão a pedir cabeças e exigir culpados, esquecendo que eles serão dos principais responsáveis, pois quando se lhes exigia que apoiassem a equipa - ou que pelo menos não a insultassem nem destratassem - eles fizeram o papel de adeptos adversários.
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