quinta-feira, 26 de março de 2009

E depois do adeus

Está a terminar o prazo de validade para discussões à volta da Taça da Liga deste ano, com a aproximação do jogo da selecção da FPF, por isso deixo aquele que deverá ser o meu último comentário sobre o assunto.

No ano passado escrevi algures, ainda antes da final, para não ser como a raposa das uvas verdes, que esta competição só teria futuro êxito se houvesse jogos entre os grandes na final. Com a palhaçada e a batota descarada deste ano, que levaram primeiro às meias-finais e depois à vitória o Benfica, provou-se que nem assim.

Mas a edição deste ano ficou ferida de morte ainda antes disso. Primeiro pelo antidesportivismo morcão, que apresentou uma segunda linha em Alvalade (ainda assim mais cara do que a equipa principal do Sporting), que saiu esmagada por um resultado que acabou por ser lisongeiro. Esta desistência, que teve pelo menos o mérito de ser assumida, mostrou também que a lenda urbana que diz que o Porto tem sempre um banco fabuloso e faz contratações sempre acertadas não tem, pelo menos este ano, fundamento. Por outro lado, mostrou que o crime não compensa: com o pretexto de poupar a equipa para o jogo com o Benfica, o Jesualdo acabou por ser humilhado nos dois jogos. No primeiro pelos números (ainda assim simpáticos para o que se passou em campo). No segundo pelo empate conquistado em casa perante uma equipa muito inferior, e mesmo assim tendo necessitado da preciosa ajuda do árbitro. De pouco lhe valeu, portanto, ter arrastado na lama o prestígio do clube dos corruptos.

Depois pelas falcatruas que tiraram o Belenenses das meias: o resultado falseado no Galinheiro, primeiro, e uma interpretação delirante dos regulamentos, provando que a iliteracia começa a assumir proporções preocupantes nesta triste horta à beia-mar entornada.

Assim, para o ano espera-se uma de duas coisas: ou o enterro desta tacinha a que nenhum dos grandes dá qualquer importância (o protesto sportinguista à roda das arbitragens tem mais que ver com o que resta da Liga Alcoolemia), ou que os grandes finalmente lhe comecem a dar algum valor. Como não me parece que aconteça nem uma coisa nem outra, cheira-me que vamos ter mais do mesmo: regulamentos ignorados, arbitragens a roçar o escândalo, segundas linhas a arrastarem o frete pelos relvados.

Dixi.

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