terça-feira, 29 de julho de 2008

Novelas...

«Quando era jovem, parecia ser um campeão, mas agora é um jogador comum».

«Quaresma não é um campeão. Quando tem um dia bom, causa problemas aos adversários, mas normalmente não faz a diferença», afirmou Sacchi.

Já termino a vossa novela? (só conseguem enfiar barretes ao Real Madrid)

domingo, 27 de julho de 2008

O coiso do Guadiana

Não gosto de jogos de pré-época. São geralmente mal jogados, aborrecidos, com os jogadores medianos a darem o litro para convencerem o treinador e os consagrados a recuperar das férias chutando bolas pachorrentas, indiferentes ao jogo, sabendo que o lugar está garantido. Há excepções, como em tudo, mas a regra é a do aborrecimento. Por isso raramente vejo jogos de pré-época em anos de Mundial ou Europeu - nos outros anos o desespero depois de um mês sem bola é tal que até futebol feminino marchava, se desse na TV, o que, graças aos deuses de quem me lê, não acontece.

Abri ontem uma excepção para ver curtos nacos do Celtic e do Sporting. Estando em casa de amigos, no meio de uma festa onde imperavam os eslavos com a sua característica euforia bem disposta, conseguindo nesse campo superar as espanholas, e esmagando os sorumbáticos e minoritários portugueses, lá ia conseguindo espreitar de vez em quando o Celtic, pois havia dois morcões na festa (um português e um ucraniano), e mais vezes o Sporting, apoiado nos meus propósitos por um bielorrusso e um marroquino, leões convictos. Não gostei do que vi de um lado e do outro, salvando-se porém, em ambos os casos, o resultado. Mas gostei muito da comida.

Hoje, embora o trabalho me berrasse com esbracejos desesperados, decidi ver o Sporting no torneio Guadiana. Sem grande atenção, com um olho pequenino na TV e um enorme no computador, onde aborrecidos gatafunhos seiscentistas, exumados das gavetas muito públicas do Arquivo Secreto Vaticano e papalmente pagos a peso de ouro, me iam enchendo o estômago de artigos e decisões e papas e bispos e epístolas e o raio que os partisse a todos deus-nossenhor-me-perdoe-que-sou-ateu. Gostei moderadamente. Assim como gostei dos cogumelos russos de ontem, afogados num molho estranho. Duas colheradas. Assim-assim. Bonzinho. Ma non troppo, pardon my italian. Mas nada comparado ao belíssimo polvo galego feito por uma galega a sério.

Gostei de ver o Sporting a controlar calmamente o jogo, a marcar dois golos. Gostei de ver que o Djaló continua a calar os assobiadores. Gostei de ver o Rochemback, aumenta-me sempre a auto-estima ver um tipo mais gordo que eu a jogar ao mais alto nível. Gostei de ver a coerência da equipa do Sporting, decorrente da continuidade dos jogadores titulares da época passada, apenas com 2 reforços no 11 inicial, em contraste com a tradicional manta de retalhos benfiquista no início de cada época, reflectindo políticas directivas e desportivas que vão em sentidos opostos, e cujos reflexos se têm feito sentir nas pçosições relativas dos dois clubes nos últimos anos. Gostei de ver que o Carlos Martins mantém no Benfica o nível que tinha no Sporting em 98% dos jogos. Gostei de ver que o Moutinho não jogou, confirmando-se que o Paulo Bento tem mão, ainda que às vezes a tenha em demasia. Gostei do resultado.

Não gostei dos anormais que armaram desacatos antes e durante o jogo, e é com tristeza que verifico que muitos sportinguistas se portaram como benfiquistas (por este andar qualquer dia armam confusão entre eles mesmos). Não gostei do Postiga, que nos minutinhos que esteve em campo só mostrou aquela coisa a que os romanos chamavam "merda" (dito assim, em latim, soa mais suave, não vos parece?). Não gostei do Bynia, que claramente devia estar a jogar na equipa de râguebi ou então a praticar luta livre, e é só uma questão de tempo até magoar de forma muito séria um jogador adversário - por enquanto só vai magoando a sensibilidade dos espectadores mais suceptíveis. Andei à procura do palhacito do Aimar (é assim que lhe chamam, não é, "el payasito"?), mas não o encontrei, por isso não posso dizer se gostei ou não - e estava com muita expectativa, dado o festival épico-patético que foi a sua contratação.

O Sporting conquistou o torneio, o que não quer dizer nada, não significa nada, e nem sequer é moralizante, dado o nível dos adversários. Serviu para descontrair enquanto se esperam os jogos a sério. Agora com licença que tenho de ver se no meio do latim não andei a cuspir impropérios futebolísticos, o que desagradaria bastante ao meu orientador, que até é portista.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Incógnita no Ataque

Na frente de ataque acho que predomina a incógnita. Não por que não exista qualidade, mas pela forma como reagirão os avançados à competição.

Assim, temos que :
  • Liedson irá voltar ( quando ?) após uma lesão complicada. Em que condições físicas regressará?
  • Derlei esteve a maior parte da época passada lesionado. Estará mesmo a 100%? E dura a época toda?
  • Djaló é um jovem de qualidade, mas ainda não é um avançado "matador". Vai marcando...
  • Postiga. Postiga também é daqueles que vai marcando, mas falha muito. Veremos como será a sua reacção a uma grande cidade e num grande clube.

Notícia de última hora

Segundo fonte insuspeita, soube que o pinto da costa não vai cumprir os 2 anos de castigo e que o boavista fica na 1ª divisão.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Baliza de biberão

Em contraponto com a "defesa de betão" iremos ter uma baliza de "biberão", já que a juventude domina.

Parece-me pouco lógico e arriscado confiar uma posição tão determinante e exigente a 2 jovens e um veterano que apenas lá está para ir chamar os suplentes que vão entrar em campo.

Acredito muito na capacidade do Rui Patrício, o Ricardo Batista não faço a mínima ideia do seu valor e o Tiago "não conta". É um risco enorme não ter alguém tarimbado para a função. Aguardemos que os jovens se aguentem e que não abanem aos primeiros percalços.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Selecção

O homem que revolucionou e nos deu títulos está de volta à selecção.

De todos os nomes que possam ter sido abordados creio que este, é quem reúne maior consenso junto dos adeptos da selecção e quiçá os dos clubes.

Carlos Queirós é a imagem de um Português bem sucedido no estrangeiro, que sobe estar sempre à altura dos acontecimentos e que representa agora a esperança de que a selecção A consiga trazer os mesmos triunfos que a selecção da geração de oiro trouxe outrora.

Acabaram-se as desculpas que o gajo era brasileiro e só levava brasileiros, que embirrava com o Baía e só punha o Ricardo na baliza. Confesso que estou na expectativa de qual será a primeira convocatória.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Há coisas que chateiam até o mais distraído dos adeptos

Aquiàtrazado, nos arrabaldes da capital, deu-se o mais famoso tiroteio português, pós 5 de Outubro de 1910. Reunidas duas das facções mais representativas do "bem-receber" luso, aquilo foi um fartote de amadorismo e iniciativa privada. Por que é que esta malta não faz antes como os membros do conselho de justiça da federação? Por que é que os ciganos não impugnam os cabo-verdeanos? Será que nenhum africano se lembrou de pedir uma providência cautelar sobre as armas dos ciganos? Toda a gente sabe que uma providência cautelar pára tudo. Francamente. E já agora, para uma encenação mais credível evitem as ciganas aos berros, a puxar pelos atiradores, e tentem fazer a confusão fora dos turnos dos carros do lixo. Todas essas coisas distraem-nos e ficamos sem perceber porque é que se perdem campeonatos. Por uns momentos senti-me benfiquista, lagarto, lagarto, lagarto.... irra....lagarto, lagarto, lagarto....também não.

Ora, no meio disto tudo, se há uma coisa que me chateia, já que o preenchimento do IRS nunca me sai da cabeça, é haver gentinha que reivindica uma coisa pela qual não lutou ou descontou. Estes nómadas romenos enervam-me, assim como me enerva a quantidade de outros abutres que foram revelados neste defeso.

Foi decidido hoje que os ciganos não voltam à Quinta da Fonte (por este andar ainda vão para a Quinta Patino) e ficou decidido, felizmente, que o Luís Filipe Vieira continua presidente do SLBenfica.

Consta que o Quique, ele também de origem cigana, ainda não teve tempo de arranjar casa. Ele e a restante equipa técnica estão a dormir no Campus. Como aquilo até é grande, porque é que não convidam os nómadas do tiroteio, a pernoitarem por lá também? Assim como assim, todo o cigano é benfiquista desde pequenino.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Uma noite de c' Orelhadas

Tenho pena mas perdi a entrevista integral do Orelhas. Nesta altura do campeonato, a minha vida anda focada em assuntos prosaicos, ainda assim muito mais valiosos. No entanto, não consegui evitar a curiosidade e fui espreitar o resumo da conversa. É que contaram-me, logo pela manhã, que o Orelhas tinha revelado um altruísmo e solidariedade nunca dantes vistos. Contaram-me que qual porta-voz da integridade, afirmara que "o Benfica abdicava da Liga dos Campeões, se o Porto fosse afastado". Obviamente, não quis acreditar e sugeri, a quem me contava a notícia, que evitasse o absinto logo no pequeno almoço. Era bom de mais para não ser anedota.

Tenho pena mas perdi o directo da maior palhaçada dos últimos tempos. Disfarçam lá o que quiserem, mas lá que o Benfica tem o dom de atrair escumalha para a presidência, lá isso tem.

Que grande noite de c´Orelhadas, numa entrevista que afundou ainda mais, aquele que é o maior dos entraves à emancipação do Benfica.

Ainda haverá algum lampião que tolere que o seu presidente, ano após ano, sacuda o capote das derrotas dizendo que não é ele que treina nem é ele que joga e chuta a bola? Pareceu-me um certo Recursos Humanos que conheço, onde a culpa nunca é de ninguém, muito menos de quem coordena.

A responsabilidade é um gás volátil que muito raramente paira nas calças do superior hierárquico. Ai meu caro Rui Costa, com quem te foste meter.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Contratações

É curioso ver como como os tripeiros ficam tão contentes por levarem para o seu clube jogadores que passaram pelo Benfica.

Demonstra o verdadeiro espírito portuguesinho, mesquinho e infantil até, do "toma toma consegui-te tirar esse berlinde". Fiquem, querem fiquem, mas ultrapassem lá esse síndroma de pequenez sff, já cansa.

Cebola foi efectivamente um dos gajos que se destacou num plantel fraco, como foi o do SLB na época passada, mas também foi um dos mais irregulares nas prestações que teve, com muitos altos e baixos que o dentes de white fresh terá de resolver (com os problemas dos outros posso eu bem).

Uma das primeiras coisas que o meu Pai sabiamente me ensinou foi que o futebol tinha tantos adeptos porque a maioria como não tinha vitórias pessoais no dia a dia, transportava para as vitórias do seu clube as suas próprias vitórias.

Talvez seja por isso que alguns se sintam felizes quando vêm que uma contratação de um jogador que não corra bem apontem o dedo. Derrota para Rui Costa porque não trouxe o A ou porque deixou fugir o B. Ora se isso são derrotas, então nesse caso ganhamos o campeonato, porque todos os anos, o Benfica tem mais contratações bem sucedidas do que falhadas. Aimar será caso para dizer que os tripas e lagartos estão com uma cachola do caraças, pois quando já esfregavam as mãos de contentes com mais uma pseudo derrota, eis que o jogador assina pelo Benfica.

Aproveito o tema, contratações, para relembrar aos que falavam na novela Simão, naquele sai não sai, que se revejam agora na novela Quaresma. O gajo quer sair, difícil difícil é quem o queira levar.

Quaresma, a ser vendido por menos de 50* Milhões será uma derrota?


*valor calculado por = Valor que os tripeiros acham que ele vale*Valor que o PdC acha que o vai vender e enfiar o barrete a outro* Cagança do Quaresma*20% IVA + 0,21 (para ficar conta certa)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

FC Porto (re)confirmado na UEFA

Finalmente ficou reposta em definitivo a verdade desportiva com a decisão do TAS. O órgão da UEFA revelou coerência e ponderação, o que só veio servir a justiça desportiva tal como ela merece.

Talvez em Portugal se consiga aprender qualquer coisa em vez de se estar constantemente a dar tiros no pé (não, ainda não estou a falar do Benfica). A vergonha deste imbróglio juridico causado por juristas de trazer por casa, cheios de interesses e compadrios, fez com que o nosso país recuasse para os tempos onde não nos davam nenhum crédito lá fora.

Ainda assim, ainda há quem continue a estrebuchar, não se apercebendo do ridículo a que chegou. LFV enveredou por uma guerra pessoal, enganando os benfiquistas pelo caminho e gastando uma pipa de massa para obter aquilo que não tinha conseguido atingir desportivamente.

Enfim, gosto daquela expressão "Os Cães ladram mas a caravana passa" para demonstrar como mais uma vez o FC Porto revelou a sua grandeza e capacidade de vencer a todos os níveis.
Dia 1 de Agosto lá estaremos!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Gadjet Faccioso para a churrascada

Em tempos foi a ideia de uma futebolada mas ninguém apareceu.
Entretanto, se mais algum optimista quiser pensar em reunir a equipa redactorial do Facciosos, eu sugiro uma noite de comes e bebes.

Para não irmos de mãos a abanar sem esperança que o verniz quebre algures a meio da noite, aqui fica o gadject para dar o mote. Um utensílio para quase todos os (des)gostos.


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Defesa de betão

Com a chegada de Grimi, o sector defensivo ( excluindo a posição de Guarda-Redes ) está preenchido na totalidade.

Para a zona direita, temos Abel que foi titularíssimo na época passada e que esteve bastante bem e o Pedro Silva que passou parte da época lesionado, mas que, quando alinhou mostrou ser opção válida.

Na esquerda, temos Grimi que teve 6 meses de grande nível e que será titular indiscutível, já que o seu concorrente é o inapto Ronny.

No centro, os centrais Polga e Tonel partem em vantagem, mas o puto Carriço – de quem dizem maravilhas – estará à espreita.

Para quem já está a pensar que me esqueci de um defesa ... não, não me esqueci do Caneira. Vai ser titular quase sempre! mas onde? Na esquerda, na direita ou no centro? O mister que decida.

Sem grande alaridos, construiu-se uma defesa sólida, experiente e equilibrada.

domingo, 13 de julho de 2008

O país está frouxo

Benfica com método e ciganos com medo, são situações extremas, com as quais o país muito dificilmente se habituará.

Na Luz, aquilo começa a parecer um clube e em Loures aquilo começa a parecer um país civilizado.

Quero acreditar tanto na recuperação do Benfica como no facto dos ciganos de Loures serem uns frouxos. Onde já se viu um bando de ciganos em sentido, ao ponto de "fugirem" com medo de retaliações, cheios de prurido em dormir ao relento.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Utilidade para Rui Costa

Caro rui costa aka "maestro", aqui tens um link que te será muito útil Para o maestro voador

Se conseguires trazer o aimar, saviola, codina e/ou luis garcia poderás ainda acumular 10% do total das milhas.

Quem é amigo? quem é?

O código

"O Jogo" faz hoje primeira página com mais um belo jogo de palavras futeboleiro: "O código de Quique". Mas o problema não está aí. Habituados a jogos de palavras previsíveis, muitas vezes metidos a martelo, estamos todos. O problema são as quatro frases que pretendem apresentar os métodos de trabalho do Lampião Flores.
  • "Obcecado com o peso dos jogadores"
    Embora seja uma preocupação mais própria de modelo anoréctica, esta ainda consigo compreender que seja considerada novidade, em Portugal. Depois de ver lontras como o Silva ou o Rochemback a rebolar os refegos e os triplos queixos em Alvalade, também a mim às vezes me apetecia entrar pelo balneário adentro de balança em punho.

  • "Adepto da pontualidade"
    Obviamente. Isto não devia ser novidade. Muita da apagada e vil tristeza em que este país se arrasta há gerações tem que ver com este desrespeito pelos outros que é a falta de pontualidade. Eu não sou patrioteiro, e nacionalista nempensardeusmelivre, mas fico sempre bastante embaraçado quando nas reuniões na faculdade à hora marcada estou lá eu e os ingleses e os alemães. Os portugas vão chegando pachorrentamente. Estes ingleses e alemães por viverem cá já estão habituados. O pior é como aconteceu ainda há pouco tempo, numa conferência dada por um belga flamengo, na faculdade de letras. Cinco minutos antes da hora estava eu, e estavam os belgas e holandeses praticamente todos. À hora marcada estavam os belgas e holandeses todos. Alguns tugas começaram a chegar ao quarto de hora, queixando-se do trânsito que, curiosamente, não afectou nem os belgas, nem os holandeses nem a mim. A maioria começou a chegar à meia hora, e a co-organizadora da conferência chegou aos 45 minutos. Uma vergonha, sublinhada pelo "Porturral" que a todo o momento se ouvia nas conversas irritadas de flamengos e holandeses. Por isso infelizmente também o ser adepto da pontualidade é novidade digna de notícia.

  • "Repete um exercício até à perfeição"
    Mas não é essa a ideia? Não devia ser sempre assim? Para isto ser notícia, então alguma coisa vai mesmo muito mal no futebol português. E na sociedade portuguesa em geral.

  • "Trata os jogadores por tu"
    É natural. Ele vem de um país onde estas mariquices do "você", as reverências asiáticas do "vossa exclência", os salamaleques arábicos do "senhor doutor" estão confinados a situações muito restritas. Confesso que até a mim me espantou, quando comecei a ir a eventos académicos em Espanha, ouvir aqueles monstros sagrados da filologia clássica a tratarem-me por "tu", habituado que estava aos cerimoniosos "sr. doutor", aos orientalizantes "o senhor". Mas o que me espanta mesmo a sério é que o facto de o Lampião Flores (digam lá que não fica giro, Lampião Flores) tratar os jogadores por "tu" seja novidade. Eu pensava que estas mariquices do "senhor" não entrassem nos balneários de futebol. Pelos vistos entram, a ponto de ser notícia um treinador jovem tratar por "tu" os jogadores de futebol que dirige.
Só para não dizerem que eu só digo mal dos lampiões. Mas não se habituem, isto foi uma vez sem exemplo.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Estamos no bom caminho

Já deixámos o cor de rosinha dos equipamentos e voltámos à camisola branca.

Quanto ao resto da pré temporada que agora se inicia farei em breve a apreciação sobre a nova estrutura do futebol profissional do Benfica.

sábado, 5 de julho de 2008

Gadjet Faccioso: centro de treino leonino


Atentos até ao nosso blog e depois do desafio lançado no post abaixo, os rapazes do marketing do SCP decidiram lançar um novo gadjet.

Para todos os lagartos interessados em passar as tardes à frente de uma consola a treinar os talentos mafiosos, eis o super mega posto de treino.

Detalhes:
  • Philips 20-inch LCD TV and Star Wars DVD
  • Xbox 360 gaming system
  • Philips DVD player
  • Gateway EMachine laptop computer with fully articulated robot arm
  • iPod with stereo docking station equipped with toilet paper dispenser
  • Roto-Rooter "emergency" button
  • Tivo recorder
  • Avanti refrigerator with beer tap, stocked with drinks and snacks
  • Magazine rack and subscriptions to Sports Illustrated, ESPN and GQ
  • Bike pedal exerciser
  • Cup warmer / cooler

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Gadjet Faccioso: merchandizing leonino

Mais dois gadjects lançados esta tarde no Lidl de Alvalade. À venda apenas para os membros do conselho leonino e para os conceituados responsáveis pela formação da próxima época.


Quantidade certa de papel higiénico

Nos dois casos tratam-se de ferramentas de poupança, logo, aumento do cash-flow.

Rapa tudo

Comer dos cantinhos e limpar o suficiente, podem ser as medidas certas para desencantar os euros que tanta falta fazem.

Mais informações leoninas aqui:

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Gadjet Faccioso: uma rodada e dois dedos de conversa

Beber uma cervejóla num círculo de amigos enquanto se discute quantas mais surpresas terá o Rui Costa nas mangas, é um privilégio que poucos adeptos se podem gabar. Foi a pensar na quantidade de tertúlias sedentes de novidades, para mais um ano que se quer de mudança (este é ano é que vai ser!) que o marketing do SLB lançou mais esta peça de merchandizing.

Muito bem pensado. Mais pormenores aqui!

Se Portugal fosse uma provincia de Espanha...

Se fossemos espanhóis:
- Tinhamos ordenados mais altos;
- Bens de primeira necessidade mais baratos;
- Um IVA mais baixo;
- Não tinhamos dois impostos para um mesmo bem;
- Tinhamos efectivamente actores famosos;
- Tinhamos uma liga de futebol a sério;
- E agora eramos CAMPEÕES EUROPEUS.

Mas quem mandou ao rei Afonso VII de Leão e Castela, no Tratado de Zamora, reconhecer a independência de Portugal?

«Sporting é grande, mas tenho outras possibilidades»

Zé Castro, in record

Nacionalismos

A notícia já não é nova, mas recordê-mo-la: a UEFA, através do seu comité técnico, colocou Pepe e Bosingwa na equipa ideal do Euro'08. Portanto, dois jogadores nacionalizados, um brasileiro, o outro congolês.

A questão das nacionalizações (eufemisticamente designadas "naturalizações") tem sido levantada por diversas entidades, e o samba que soou este Verão na Áustria e na Suíça em nada ajudou a sanar as divergências. Quanto a mim, vacinado há muito contra a praga do nacionalismo e indiferente ao patrioteirismo futeboleiro, confesso que não me aquece nem me arrefece. Para mim patriotismo é pagar os impostos a tempo e horas, não alinhar em esquemas "sem factura é mais barato", escrever sem erros, não deitar lixo no chão, cumprir o código da estrada, e outras coisas importantes. Pôr arremedos de bandeiras made (badly) in China à janela e apoiar um grupo de marmanjos só "porque sim" não está na minha lista de comportamentos patrióticos. De resto, eu sou como o Guardiola, que dizia "la meva selecció és el Barça" (pardon my catalan). A minha é o Sporting.

Sou, portanto, indiferente a patrioteirismos futeboleiros. Por mim ponham lá as bandeirinhas à janela à vontade. Eu se pusesse era a do Sporting. Mas não ponho. Já não sou indiferente, porém, a alguma dualidade de critérios que se tem verificado na generalidade da opinião pública portuguesa, quando se trata de admitir ou não admitir jogadores nacionalizados nas diversas selecções portuguesas. Para não ir muito mais longe, até porque hoje exagerei um pouco no ginásio, recordo a histeria à volta da selecção de râguebi, porque houve uns rapazes com excesso de peso que choraram a cantar o hino nacional. Alcandorados todos a heróis nacionais - todos, incluindo os argentinos nacionalizados e mais uns rapazes de nomes impronunciáveis, de sonoridade eslava, que por lá andavam entre os "lobos" (quando eu pensava que eram só as selecções africanas que tinham alcunhas...). Não sei se choraram a cantar o hino, mas o povão não se chateou nada, e ala que se faz tarde, são todos uns patriotas de primeira água.

É que para o português comum parece que a coisa funciona mais ou menos assim: se forem brasileiros nacionalizados, cai o Carmo e a Trindade (ou o que resta de 1755), e é a honra da nação que sai ultrajada. Se forem argentinos (os tais do râguebi), congoloses, nigerianos, eslavos, então não se passa nada, está tudo bem. Para não nos dispersarmos pelas diferentes selecções, onde abundam, perante a indiferença geral (e ainda bem), os nacionalizados dos 4 cantos do mundo, concentremo-nos na selecção de futebol. Foi generalizada a indignação, sobretudo de benfiquistas, por causa da nacionalização e convocatória do Deco. Mas não ouvi um único queixume a propósito do Makukula, congolês de Kinshasa. Sim, esse mesmo que não há muitos anos afirmou publicamente que recusava representar a selecção portuguesa, pois queria a congolesa (para a qual de resto não chegou a ser convocado). Esse mesmo que veio depois fazer um tremendo teatro, quando convocado pelo sr. Scolari, chorando lágrimas de crocodilo, alegando que a convocatória era um sonho. Um sonho? O sonho dele era que o pessoal tivesse memória curta. Mas eu não tenho. Infelizmente parece que, sobretudo para os lados do CC Colombo, a memória é coisa que vai falhando com cada vez maior frequência.

Para quê trazer o Makukula à colação, e não outros ilustres nacionalizados não brasileiros, como o Bonsingwa, o Nani ou o Nélson (o lampião), só para referir alguns já dos tempos do sr. Scolari? Porque uma das alegações contra as convocatórias dos nacionalizados brasileiros é a de que alegadamente só se tornaram portugueses por interesse, para lançarem as suas carreiras, e porque no Brasil não tinham hipóteses. Além de ser muito complicado provar tais alegações, e de eu ter seriíssimas dúvidas sobre se o Deco ou o Pepe se sentem menos portugueses do que eu (menos é complicado, de facto), pode-se sempre contra-argumentar com este caso Makukula, exemplo provado e acabado de alguém que só integra a selecção portuguesa, depois de a ter previamente recusado, após ver que não se safava na do Congo. Mas parece que com ele está tudo bem. Não é brasileiro, não há problema.

Além disso, também podemos perguntar-nos quantos jogadores estão ou estiveram na selecção com intenções puramente patriotas. O Figo, que recusou integrar a selecção quando estava na crista da onda em Madrid, alegando que tinha de dar prioridade ao clube que lhe pagava (ao menos foi sincero), e que, quando foi para o banco do Bernabéu e percebeu que tinha de mudar de ares depressa, veio fazer olhinhos aos srs. Scolari e Madail, e, dando o dito por não dito, ainda fez mais meia dúzia de jogos? Isto já sem falar das recorrentes discussões sobre prémios de jogo, dignas de selecções do 3º mundo, e de casos como o lamentável "Saltillo", em que um grupo de patriotas ameaçou fazer greve durante o Mundial'86, e acabou mesmo por se recusar a jogar a quase totalidade da qualificação para o Euro'88, para gáudio das restantes selecções do grupo, que defrontaram um grupo de 2ªs e 3ªs escolhas, que em circunstâncias normais não seriam convocados nem pelo sr. Scolari. É este o amor à camisola que dizem que só os de sangue puro lusitano (seja lá o que isso for) podem sentir? Eu por mim não tenho a mais pequena sombra de dúvida: o Pepe e o Bosingwa são muito mais portugueses do que eu. O Deco não sei nem me interessa, o Makukula já se viu que é de quem o convocar.

Podia ainda tentar contrariar alguns argumentos mais divertidos, como o de que "não deve haver jogadores com sotaque", mas basta ouvir o português sofrido do Bosingwa ou o impenetrável açoriano do Pauleta para o argumento cair por terra sem ser preciso grandes abanões.

Portanto, e como praticamente ninguém se indignou com a chamada dos nacionalizados Bosingwa e Makukula (e ainda bem), resta-me concluir que de facto o que há é má vontade contra os brasileiros. Que o assumam, portanto, e não se escondam atrás do argumento do nacionalismo ou patriotismo.

Repito: nacionalismos a mim não me convencem, e a História tem mostrado, desde que foram inventados algures no século XIX (*), que daí, como de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. Além disso, se o propósito é representar a nação (qual?), então não faz muito mais sentido que se represente o país tal como ele é, de facto, uma mistura de portugueses, brasileiros, africanos, eslavos, asiáticos? Isto dando de barato que uma selecção de futebol representa um país, o que me parece redutor e lamentável.

Diz que é para comentar a não inclusão do Ronaldo na equipa ideal do Euro'08? Então mas a ideia não é precisamente pôr lá os jogadores que mais se destacaram? Então o que é que o Ronaldo ia lá fazer? Mostrar os seus horrendos peitorais hipertrofiados?



-----
(*) Antes disso valiam sobretudo as fidelidades a uma casa real, não a um país. Isso explica, por exemplo, que a nobreza portuguesa tenha ficado praticamente toda do lado de Filipe IV, em 1640, quando, aproveitando-se da revolta da Catalunha e da Guerra dos 30 Anos, a coroa portuguesa foi restaurada, na cabeça de D. João IV (Filipe IV, na perspectiva de perder a Catalunha ou Portugal, preferiu garantir a Catalunha, e só anos depois, quando o exército português já tinha tido tempo de se reorganizar, decidiu vir aqui para estes lados, ainda fragilizado da Guerra dos 30 anos, e depois de esmagada a revolta catalã). Ou que na célebre batalha de Aljubarrota houvesse quase tantos portugueses do lado castelhano como do anglo-português, e que parte muito significativa da nobreza portuguesa tenha ficado, de novo, do lado castelhano. Mas isso são contas de outro rosário. Aqui é mais bola.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Gadjet Faccioso: quem espera sempre alcança


Mais um gadjet para a família benfiquista. Desta vez uma cadeirinha de descanso para usar em qualquer lado. Sempre dá para esperar entrar na liga dos campeões onde menos se espera. As notícias dos recursos surgem como cogumelos. Ora declaradas ora encapuçadas por recursos do Ministério Público. Onde já se viu o Estado recorrer de uma decisão do estado. O polvo da luz estrebucha por todos os lados. No fim ganha quem nunca descansou e fez por merecer ser o melhor.