quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Scolari vs Gene Hackman

Estes homens são um só. O nosso seleccionador é um actor digno de um Óscar.

Fez estes dias 5 anos que o grande actor brasileiro aterrou na pátria mãe. Vinha para um novo filme, cujo enredo adivinhava-se conhecido, pois não andaria muito longe de "pegar numa equipa em ascensão e levá-la o mais longe possível, justificando os milhões do cache, mas sem grande stress." Portugal afinal nunca tinha ganho nada de nada e estava disposta a oferecer-lhe o papel.

Ele vinha com boas críticas internacionais. O último filme onde tinha participado, "A final da copa do Mundo", onde Scolari Hackman contracena com mais 11 craques canarinhos, que jogam à bola de olhos fechados, abriu-lhe as portas da indústria cinematográfica portuguesa.

Mas a grande prestação do actor consagrado foi dada ontem na entrevista de fundo à RTP1. Uma prestação de armar a tenda ao Tendeiro. Segundo ele, para vermos o quão bom profissional ele é, basta olhar para a forma como trabalhavam os seleccionares nacionais precedentes. Muito mal, segundo ele. Eles até gastavam dinheiro da selecção para ir ver jogadores ao estrangeiro (Queiroz ouviste?).

Outra bela tirada de actor, aconteceu no momento em que ele afirma que não pode ser julgado por uma acção má, no meio de 99 boas, referindo-se ao incidente de pugilato com um sérvio.

99 boas? Mas quem foi que disse ao Scolari que ele não tem defeitos e excesso de prepotência? Ah já sei, foram os jornalistas. Foi o silêncio destes. A maior das ironias é que estes mesmos jornalistas são aqueles que levam com o mau humor do senhor seleccionador nas conferências de imprensa. Ele não quer explicar e não explica. E o burro afinal não é ele.

Actores e jornalistas compõem a melhor das novelas portuguesas. Vamos lá acompanhar a resposta. Se houver. Duvido que haja.

1 comentário:

André . أندراوس البرجي disse...

O sr. Scolari mostrou mais uma vez as suas qualidades mais marcantes: malcriado, burro e malcriado outra vez. Por mim era bom actor no Circo Chen, a substituir o palhaço rico. Ou o palhaço pobre. Tanto faz.