A Cisco escolheu Portugal para o seu centro europeu de desenvolvimento e não o fez por acaso. De todos os países europeus, somos provavelmente o mais propenso a que se lhe enfie um cisco no olho. Pensem no olho que quiserem mas a nossa sociedade vive realmente cega e anestesiada. Mais olho menos olho, mais cisco menos mosquito, a visão mantêm-se inalterada.
Cisco grande mas mesmo grande é este que a comissão de disciplina da liga vos quer impingir meus conterrâneos. Tripeiros incautos, benfiquistas eufóricos ou sportinguistas sobranceiros, ninguém escapa. Os primeiros alinham em SAD própria e acham que está bem aceitarmos a perda de pontos já este ano. Muito mal, digo eu, pois tratasse da maior asneira pintada de azul e da qual me envergonho. Avança o presidente do clube, valha-nos isso. Os benfiquistas incautos acreditam que caminham em cima de um iceberg enorme, prestes a revelar-se. Pobres inocentes, pois o iceberg já se levantou várias vezes, trazendo-nos a verdade sobre um presidente e um Estoril amigo. Finalmente, os lagartos sobranceiros, esses sinceramente nem sei o que acham. Ou acham que sim, que "façam lá o que quiserem que nós temos de pagar os ordenados antes do dia 9" ou acham que "o que importa é o passivo por isso vejam lá isso e castiguem já agora o nosso bigodes que fugiu pró Brasil."
Todo este cozinhado cheira a esturro. Tudo isto no ano que o FCP mais engordou em pontos, no ano que o Boavista não se aguentava nas canelas e ia abaixo de qualquer forma, e no ano em que, mais uma vez, ninguém liga o que quer que seja ao União de Leiria.
Recorre Pinto da Costa, recorre. Vá-lha-nos o presidente que sabe onde facturar para fracturar. Nunca a massa associativa e adeptos esteve tão unida numa causa. Quanto mais se arrastar o caso mais jornais se vende mas, principalmente, mais combustível existirá para a máquina do FCP.
PS: para quando um tribunal desportivo dentro do sistema da justiça portuguesa? Evitem Hermínios Loureiros.
3 comentários:
Eu também acho que devia haver um tribunal desportivo dentro do sistema da justiça portuguesa. Tal como tentava explicar, embaraçado, um senhor da Liga na RTP, se houvesse coerência dentro dos regulamentos da Liga o Boavista não estaria sozinho na descida, e a cidade do Porto ficaria sem representantes na I Liga do próximo ano.
Se houvesse coerência nas leis da Liga, coação significaria coação e prova significaria prova.
Balázio, a verdade é que venceu a visão pragmática da coisa por parte da SAD Portista.
Baseada na suspeita de falta de independência e idoneidade da CD, nada nos garante que o CJ da FPF seja diferente. A justiça desportiva Portuguesa nunca foi de confiança e não será certamente agora que começará a mostrar-nos lisura e celeridade na avaliação dos processos.
A defesa do bom nome do clube e da sua inocência nestes processos far-se-á nos tribunais comuns. Aí sim é que interessa provar todo este engano. E ao menos aí, quem acusa tem de apresentar provas e não meros indícios...
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