Scolari, 35000 euros depois

Ora meus caros amigos, há quem diga que se trata de perseguição e teimosia minha, mas é apenas mais um exercício jornalístico: um serviço público.

Provavelmente já todos sabem os resultados do inquérito interno da FPF sobre o famoso soco do nosso amigo Scolari, o pedagogo limpador de balneários. Talvez nem todos. Mas ok, o raciocínio aqui é mais direccionado à FPF.

Gostava de sugerir mais uma melhoria aos processos da FPF. Sugerir mais clareza nas decisões e na integridade da instituição. No fundo estes senhores são pagos pelo honorário público e devem-nos, por isso, o máximo de respeito. No mínimo retribuir em glória aquilo que lhe depositamos no banco. É claro que estas coisas como glória, «amor à camisola» ou o «ser português», são intangíveis e nem sempre unânimes, mas exige-se que a retribuição seja o pensamento base do trabalho desses trabalhadores do estado. Honestidade é bem tangível, e falta de vergonha também.

Ora bem, os resultados práticos do inquérito foram uma multa de 35000 euros ao Scolari e foram a obrigação, imaginem só, «de Scolari ter de participar em determinadas acções que a FPF considere essenciais». Esta última é de bradar aos céus. É como se o meu chefe directo me dissesse que a partir de agora uma das minhas obrigações era cumprir o que ele me mandasse fazer. Que linda redondilha.

A minha sugestão entra então neste momento. E é claro que tem a ver directamente com os supostos castigos:

Amigo Madaíl, antes de «dar de frosques», pegue no cheque que o Scolari vai honestamente passar, enfie-o de novo (calma, não é nesse sítio que todos imaginam) nas mãos do emissário e mande-o entregar, em cerimónia pública, a uma instituição de acção social.

Simples e dessa forma ficamos todos com a segunda via da factura dessa multa.